As 3 viagens
Toda viagem é constituída de 3 viagens. A primeira é aquela em que idealizamos a viagem. É quando sonhamos, criamos expectativas, buscamos roteiros, fotos, relatos e tudo a respeito do que vamos fazer. Pois bem, não sei ao certo quando esta viagem começou. Lembro-me que eu passei a ter desejo de conhecer a Venezuela e Colômbia depois de conhecer pessoas desses países. Todos os colombianos que conheço são extremamente gente boa. As colombianas, igualmente. E belas. Os poucos venezuelanos, também tive boa impressão. E os viajantes que passavam pela Colômbia sempre relatando que lá encontraram um povo festeiro, receptivo, com identidade cultural bem marcante, sabores culinários, lugares incríveis, clima agradável. Faz uns anos, era um país perigoso pelo tráfico de drogas. Atualmente, após forte repressão governamental, a situação está tranquila para os viajantes. E a Venezuela, o relato dos viajantes também apontam belezas naturais e pessoas legais, apesar de um cenário político mostrado pela televisão nem sempre positivo. Eu, que quero conviver com as pessoas, não acredito nas imagens da caixinha de produzir ilusões. Pela minha experiência, ao visitar países criticados pela mídia, vi que o povo era diferente. Uma imagem completamente diferente. Como em qualquer lugar, as pessoas são heterogêneas em suas opiniões, conduta, valores. Isso significa que elas não correspondem à imagem produzida, necessariamente. Enfim, lembro-me de começar esta viagem no começo deste ano. Em maio, já comprei uns acessórios pensando nesta viagem. Em julho, mais outros. No segundo semestre, passei a juntar uns trocados. Mudei de planos em setembro, em função do investimento em um relacionamento, mas com o insucesso deste, retomei o plano agora no final de Novembro. Como sempre digo, para viajar basta 3 coisas: querer, ter tempo, dinheiro.
Querer. É a vontade de ir viajar. Enfrentar o novo. Não se intimidar de sair da comodidade do lar para descobrir novos horizontes. O medo do desconhecido é combustível para muitas das fantasias da humanidade. Como dizem alguns, antes o mal desconhecido que o bem a conhecer. Eu não concordo com isso. Prefiro o ditado sair da zona de conforto para se superar. Viajar é conhecer. É reconhecer, por contraste, as diferenças que tenho dos outros. Ao entrar em contato com uma cultura diferente, as minhas características ficam mais explícitas. E assim posso me autoconhecer de novas maneiras. Viajar no exterior nos faz viajar ao nosso interior.
Tempo. Essencial para quem quer deixar para atrás esquemas cotidianos para se imergir em novos modos de sociabilidade e temporalidades. Após 1 semana é quando a gente se desliga e está na nova situação de viagem, segundo relatam conhecedores desses ciclos. Então, eu gosto de fazer viagens com certo tempo disponível.
Dinheiro. Como não sou nenhum hippie que vende apetrechos, prefiro já levar um troco. Como bom mochileiro, vou com a grana contada e curta. Não preciso de muito, porque vou dormir nos lugares mais baratos, sempre. Comer em lugares baratos. Andar no transporte mais barato. E assim, economizando, é possível viajar com poucos recursos. Quando conto das viagens que já fiz e dos gastos, muita gente não acredita. Pelo preço de um pacote turístico de 1 semana, eu viajo mais de mês. Enquanto uns pagam resort por uns dias, aquile dinheiro me serviria para viajar 6 meses. O segredo? Descubram a cultura mochileira!
A segunda viagem é aquela propriamente dita. E começa hoje, às 20h00, da rodoviária de Manaus. Vou rumo a Boa Vista. Bilhete da Eucatur, de R$ 120,00. São 12h de viagem. Chego lá e vou direto a Pacaraima, na fronteira. Cruzo e me dirijo a Santa Helena de Uairen, na Venezuela. Cidade base para conhecer a Gran Savana, uma região com paisagens belíssimas. E na seguência, seguindo viagem até a costa. Já fiz contatos pelo couchsurfing e vi alguns hostels também. Tudo no esquema. Roteiro também. Encontro-me com amigos colombianos, que convivi aqui em Manaus e já voltaram para lá. Será bem legal toda a viagem.
Finalmente, a terceira viagem é aquela que revisitamos em nossa memória o resto de nossa existência. É rememorar lugares, experiências, sabores. Nossa bagagem.
Preparando o mochilão
Mochilão de 70L+10L, com uma mochilinha de ataque destacável.
Roupa
2 calças cargo que viram bermuda, de material sintético que secam super rápido.
5 camisetas de material sintético
5 pares de meias especiais de caminhantes
6 cuecas
1 sunga
1 bermuda para dormir e para entrar na água
1 camiseta exclusiva pijama
1 agasalho impermeável de motoqueiro
1 blusa fina de lã
Calçados
botas para caminhante
par de tênis comum
par de chinelos
talco
Acessórios para dormir
1 saco de dormir que vira cobertor
1 rede de naylon com cordas
1 lençol fino
1 plugs de ouvido
Demais acessórios
1 cordinha fina para varal
5 pregadores
1 cadeado com segredo
1 cadeado com chave
1 pochete estilo andina
1 lanterna de cabeça
1 óculos de leitura
1 óculos escuro
1 espelhinho
1 chapéu
1 relógio despertador a pilha
1 guarda-chuva portátil bem pequeno
1 toalha
1 canga
Eletrônicos
4 pilhas recarregáveis AA
6 pilhas recarregáveis AAA
Carregador de pilhas
Câmera
Celular com carregador
Adaptador de tomada
Aparador de barba
pendrive 8 gb
Documentos
Passaporte
RG
Cartões
Comprovante vacinas
Fotos 3x4 e 5x7
Kit banheiro
Shampoo
Saboneteira (e 2 sabonetes)
fio dental
pasta de dente
escova de dente
Kit diverso e higiene
Protetor solar FPS 30
Repelente
Desodorante creme
Desodorante spray
Perfuminho
2 calicates unha
lixa de unha
2 rolos linha de costura e agulhas
canivete
2 rolos papel higiênico
Kit saúde
óleos essenciais
esparadrapo
band-aid
propolis
pomada milagrosa (do Moacir Biondo)
manteiga de cacau
joao brandinho
Guia de viagem
Lonely Planet sudamérica para mochileros (em espanhol)
Caderninho de notas
2 livros para leitura
Acessório socializador
1 violão!
Comida (numa sacola)
1 pão sem glúten caseiro recém-saído do forno (taper ware)
bolo de cenoura sem glúten com cobertura de chocolate light colombiano (taper ware)
salgadinhos e biscoito de polvilho
frutas
sucrilhos
barrilhas sem glúten
Tudo em sacos plásticos. Hora do banho. Jantar e seguir o rumo. Indo com a paz no coração, que é a melhor atitude para um viajante. E que o Criador me conceda uma viagem boa, tranquila, com boas experiências e encontros, livre de todos os males e perigos.
Toda viagem é constituída de 3 viagens. A primeira é aquela em que idealizamos a viagem. É quando sonhamos, criamos expectativas, buscamos roteiros, fotos, relatos e tudo a respeito do que vamos fazer. Pois bem, não sei ao certo quando esta viagem começou. Lembro-me que eu passei a ter desejo de conhecer a Venezuela e Colômbia depois de conhecer pessoas desses países. Todos os colombianos que conheço são extremamente gente boa. As colombianas, igualmente. E belas. Os poucos venezuelanos, também tive boa impressão. E os viajantes que passavam pela Colômbia sempre relatando que lá encontraram um povo festeiro, receptivo, com identidade cultural bem marcante, sabores culinários, lugares incríveis, clima agradável. Faz uns anos, era um país perigoso pelo tráfico de drogas. Atualmente, após forte repressão governamental, a situação está tranquila para os viajantes. E a Venezuela, o relato dos viajantes também apontam belezas naturais e pessoas legais, apesar de um cenário político mostrado pela televisão nem sempre positivo. Eu, que quero conviver com as pessoas, não acredito nas imagens da caixinha de produzir ilusões. Pela minha experiência, ao visitar países criticados pela mídia, vi que o povo era diferente. Uma imagem completamente diferente. Como em qualquer lugar, as pessoas são heterogêneas em suas opiniões, conduta, valores. Isso significa que elas não correspondem à imagem produzida, necessariamente. Enfim, lembro-me de começar esta viagem no começo deste ano. Em maio, já comprei uns acessórios pensando nesta viagem. Em julho, mais outros. No segundo semestre, passei a juntar uns trocados. Mudei de planos em setembro, em função do investimento em um relacionamento, mas com o insucesso deste, retomei o plano agora no final de Novembro. Como sempre digo, para viajar basta 3 coisas: querer, ter tempo, dinheiro.
Querer. É a vontade de ir viajar. Enfrentar o novo. Não se intimidar de sair da comodidade do lar para descobrir novos horizontes. O medo do desconhecido é combustível para muitas das fantasias da humanidade. Como dizem alguns, antes o mal desconhecido que o bem a conhecer. Eu não concordo com isso. Prefiro o ditado sair da zona de conforto para se superar. Viajar é conhecer. É reconhecer, por contraste, as diferenças que tenho dos outros. Ao entrar em contato com uma cultura diferente, as minhas características ficam mais explícitas. E assim posso me autoconhecer de novas maneiras. Viajar no exterior nos faz viajar ao nosso interior.
Tempo. Essencial para quem quer deixar para atrás esquemas cotidianos para se imergir em novos modos de sociabilidade e temporalidades. Após 1 semana é quando a gente se desliga e está na nova situação de viagem, segundo relatam conhecedores desses ciclos. Então, eu gosto de fazer viagens com certo tempo disponível.
Dinheiro. Como não sou nenhum hippie que vende apetrechos, prefiro já levar um troco. Como bom mochileiro, vou com a grana contada e curta. Não preciso de muito, porque vou dormir nos lugares mais baratos, sempre. Comer em lugares baratos. Andar no transporte mais barato. E assim, economizando, é possível viajar com poucos recursos. Quando conto das viagens que já fiz e dos gastos, muita gente não acredita. Pelo preço de um pacote turístico de 1 semana, eu viajo mais de mês. Enquanto uns pagam resort por uns dias, aquile dinheiro me serviria para viajar 6 meses. O segredo? Descubram a cultura mochileira!
A segunda viagem é aquela propriamente dita. E começa hoje, às 20h00, da rodoviária de Manaus. Vou rumo a Boa Vista. Bilhete da Eucatur, de R$ 120,00. São 12h de viagem. Chego lá e vou direto a Pacaraima, na fronteira. Cruzo e me dirijo a Santa Helena de Uairen, na Venezuela. Cidade base para conhecer a Gran Savana, uma região com paisagens belíssimas. E na seguência, seguindo viagem até a costa. Já fiz contatos pelo couchsurfing e vi alguns hostels também. Tudo no esquema. Roteiro também. Encontro-me com amigos colombianos, que convivi aqui em Manaus e já voltaram para lá. Será bem legal toda a viagem.
Finalmente, a terceira viagem é aquela que revisitamos em nossa memória o resto de nossa existência. É rememorar lugares, experiências, sabores. Nossa bagagem.
Preparando o mochilão
Mochilão de 70L+10L, com uma mochilinha de ataque destacável.
Roupa
2 calças cargo que viram bermuda, de material sintético que secam super rápido.
5 camisetas de material sintético
5 pares de meias especiais de caminhantes
6 cuecas
1 sunga
1 bermuda para dormir e para entrar na água
1 camiseta exclusiva pijama
1 agasalho impermeável de motoqueiro
1 blusa fina de lã
Calçados
botas para caminhante
par de tênis comum
par de chinelos
talco
Acessórios para dormir
1 saco de dormir que vira cobertor
1 rede de naylon com cordas
1 lençol fino
1 plugs de ouvido
Demais acessórios
1 cordinha fina para varal
5 pregadores
1 cadeado com segredo
1 cadeado com chave
1 pochete estilo andina
1 lanterna de cabeça
1 óculos de leitura
1 óculos escuro
1 espelhinho
1 chapéu
1 relógio despertador a pilha
1 guarda-chuva portátil bem pequeno
1 toalha
1 canga
Eletrônicos
4 pilhas recarregáveis AA
6 pilhas recarregáveis AAA
Carregador de pilhas
Câmera
Celular com carregador
Adaptador de tomada
Aparador de barba
pendrive 8 gb
Documentos
Passaporte
RG
Cartões
Comprovante vacinas
Fotos 3x4 e 5x7
Kit banheiro
Shampoo
Saboneteira (e 2 sabonetes)
fio dental
pasta de dente
escova de dente
Kit diverso e higiene
Protetor solar FPS 30
Repelente
Desodorante creme
Desodorante spray
Perfuminho
2 calicates unha
lixa de unha
2 rolos linha de costura e agulhas
canivete
2 rolos papel higiênico
Kit saúde
óleos essenciais
esparadrapo
band-aid
propolis
pomada milagrosa (do Moacir Biondo)
manteiga de cacau
joao brandinho
Guia de viagem
Lonely Planet sudamérica para mochileros (em espanhol)
Caderninho de notas
2 livros para leitura
Acessório socializador
1 violão!
Comida (numa sacola)
1 pão sem glúten caseiro recém-saído do forno (taper ware)
bolo de cenoura sem glúten com cobertura de chocolate light colombiano (taper ware)
salgadinhos e biscoito de polvilho
frutas
sucrilhos
barrilhas sem glúten
Tudo em sacos plásticos. Hora do banho. Jantar e seguir o rumo. Indo com a paz no coração, que é a melhor atitude para um viajante. E que o Criador me conceda uma viagem boa, tranquila, com boas experiências e encontros, livre de todos os males e perigos.
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