quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Maracaibo - Maicao - Riohacha

Cheguei em tempo em Maracay. O suficiente para sentar e tocar violao na rodoviária e todo mundo ficar me olhando. Será que nos países socialistas nao há tocadores de violao na rua? Tudo certo para o meu ônibus. Quando chegou a hora marcada, nada do bus chegar. E após um atraso de quase 1 hora, chega o bus fretado. Outra vez, eu viajando num autorizado. O cara que me vendeu me enganou. Mas tudo bem. Esse pareceia ter ar condicionado e poltronas reclináveis. Sem lugares marcados. Quando o veículo chegou, todos foram se amontoando para entrar. Entao o dono do bus primeiro quis que todos colocassem as bagagens. E arbitrariamente ia cobrando por excesso de peso (levantando na mao e dizendo que estava pesado), mais de um volume, ou tamanho muito grande. Eu olhando aquela cena de extrema corrupçao estava ficando enojado. Na hora em que todos guardaram suas malas, pagando a mais por algumas bagagens, finalmente a hora de entrar. O cara pede para fazer uma fila de mulheres e outra de homens. Parecendo ter um mínimo de moral crista, entraram as mulheres. Depois, os homens que sobraram ele fez dividir entre os viajando sozinhos e os acompanhados. Eu já imaginando que ia ficar com o pior lugar. Entao, ele diz pra 3 mocinhas que eu iria com uma delas. E realiza-se um dos sonhos dos mochileiros. Sentar ao lado de uma gatinha. O bus lotado, fico na cabine do motorista, onde estao 2 lugares sobrando. Viajo com Jessica, uma ninfeta de sorriso encantador. Viagem ruim, pois o motorista ouvia som alto e seu ajudante pirralho dava uma de malandro, fumando e falando besteiras. Conversei um pouco com a jovem, que nao sabia o que era um hostel (albergue), nunca tinha ouvido falar em Machu Picchu e apenas conhecia algumas cidades da Venezuela. Cada pessoa que vamos cruzando pelo caminho!

Chegamos em Maracaibo (onde os espanhóis chegaram e viram as casas de palafitas e disseram que se parecia com Veneza, nomeando-a de Venezuela.. a pequerrucha Veneza), vi que era uma cidade bem grande. Logo decido nao ficar. Por alguns motivos: tinha planejado alguns dias na Venezuela e vários na Colombia. Meu dinheiro venezuelano, os "bolos" já estavam no fim. Já estava me cansando das pequenas práticas corruptas que tive que lidar. E cidade grande nao e agrada. Apesar de ter um amigo de um amigo me esperando, preferi seguir viagem. Assim que desci do bus, ali mesmo haviam busetas (nao se enganem! É um mini-bus) indo para Maicao, na Colombia. Negociando, vi que eu nao tinha dinheiro suficiente. Eu tinha apenas 170 Bs e o bilhete custava 250, naquelas busetas também autorizadas. O motorista aceitou. Entao supostamente sai no lucro. Disse que quando chegasse na fronteira, trocaria uns poucos dolares para pagar a taxa de saída do país. Ao longo da viagem, a buseta foi parando em blits policiais. Na maior cara de pau, eles pediam propina, sob a alegaçao de que se nao fosse assim, iriam revistar todas as malas e isso duraria 2 horas. E haveriam várias blits policiais. Eu achando absurdo, vi as primeiras três blis vi os 16 passageiros desembolsando a proprina. Cada blis eles pediam 100 Bs. Em algumas, 200 Bs. Entao, fui com o motorista e pedi que em trocasse 10 dolares, pois me dava pena ver todos sendo explorados e eu nao. Ele nem sabia o câmbio e fez o preço que eu coloquei: 1 dolar = 16 Bs. Foram 60 Bs que desembolsei de proprina, em quase umas 10 paradas mais. Guardei 100 Bs para a taxa de fronteira. Todos indignados, especialmente os colombianos voltando a seu país. Na buseta, também um casal de mochileiros uruguaios, que o cara era psicólogo também. Chegando na fronteira, fila para o carimbo de saída. Após várias confusoes e gritaria de gente furando fila, chegou minha vez e os caras nem me cobraram. Na hora fui la fora, troquei pelo dinheiro colombiano e já comprei almoço. Sai todo sorridente. Entra-se na Colômbia e tudo muda. Tudo organizado. Nada de falcatruas. Nada de subordo ou corrupçao. Mais alguns minutos e chegamos em Maicao.

Ali, troco uns dolares (1 U$ = 1750 COP), pego um mototaxi e vou até o centro da cidade. Fico na empresa Brasília, de onde saíam os ônibus para Riohacha (capital de La Guajira, nome da regiao). Na hora, compro um chip colombiano de celular (301 204-0125, podem me ligar!), com uma vendedora que o registra com seu número de identidade. Pago 8 COP (pesos colombianos). Pelo mesmo preço pego o bus. Após 1 hora estou em Riohacha. Isso já eram 16h00. Uma dia inteiro para percorrer menos de 200km. Na cidade, logo noto a presença dos wayuu, a etnia que habita a regiao. Ligo para Syris, minha anfitria do couchsurfing na cidade. Após o mototaxi se perder, chegamos em sua casa. Ela e seu primo Alfredo me esperavam. Super divertidos eles. Sua mae super simpática. Uma preta bem gordona logo vem fazer piadinhas comigo. Sinto um clima bem amistoso desses colombianos. Finalmente, sinto-me bem de estar com pessoas legais nesse país, após um dia cansativo e cheio de corrupçoes. Após eu dormir um pouco, ela liga para uma amiga e vamos os 4 para a rumba (festa, balada, diversao). A cidade é bem agradável. Costeira. Com muitos wayuu. Gostei de dançar vallenato, o ritmo que impera em toda costa colombiana.

O dia seguinte, eu destinei para ir a Cabo de la Vela, motivo pelo qual parei aqui em La Guajira.

Lago de Maracaibo

Rodoviária de Maracaibo

Jéssica, eu

Alfândega venzuelana

Alfândega venzuelana

Colômbia!

Maicao


Riohacha

El rumboy, Riohacha

Eu, Syris, flaca e Alfredo








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