sábado, 14 de dezembro de 2013

Tefé, Resex Auati-Paraná, Fonte Boa

E lá fui eu para a derradeira viagem a campo. Desta vez, eu e Karen, minha assistente de pesquisa. Inicialmente fomos para Tefé, para reunião com o pessoal do ICMBio (a gestora da Unidade de Conservação de meu projeto). Voo tranquilo, pela Azul, que agora comprou a Trip e colocou seus aviões da Embraer. Para mim, são os melhores aviões. Na hora da chegada, uma forte chuva. Senti Karen tensa, porque o avião teve que dar umas voltas antes do pouso. Enfim, em terra, fomos para o Hotel Oliveira II, a meio quarteirão do ICMBio. Depois da reunião, demos uma volta na cidade, onde visitamos a lojinha da RDS Mamirauá, fizemos o rancho (comida) e compramos as coisas finais. À noite, comi uma bela tapioca na padaria centenária da cidade. Dia seguinte, lancha direto para a Resex Auati-Paraná, com parada em Fonte Boa para pegar alguns comunitários.







Saímos 10h. Chegamos em Fonte Boa 15h10. Esperamos o pessoal chegar. Não vieram as lideranças esperadas. Somente veio uma comunitária, que veio de "passagem" com a gente. Saímos novamente 16h00 e pouco menos de 2h estávamos em nosso destino: comunidade Barreirinha de Cima.

Rio Solimões
Porto da Baré - Fonte Boa
Entrada da Resex Auati-Paraná
Derradeira viagem, derradeiras fortes emoções por esse projeto. Em tese, todas as condições para dar certo. Na prática, as coisas não estavam fluindo como todos imaginavam. Por que muitas vezes, apesar do desejo coletivo de que algo dê certo, a realidade não acontece conforme sonhado? Muitas reuniões, conversas e compromissos. Enfim, tenho um relatório a entregar e pronto. Ficamos 1 semana por lá. Gosto de ter esse tempo para viver a vida comunitária. Assim podemos ir descobrindo, nos meandros da vida cotidiana, os significados de algumas coisas. E, é claro, conhecendo mais da vida do povo amazônico. Na despedida, o sentimento de dever cumprido. Talvez nunca mais reveja aquelas pessoas. Foram 2 anos e meio de projeto. Após encontros, reencontros e desencontros, chegou o momento de ir-me de vez. Levo a lembrança de bons momentos e histórias para contar. E agora, que venham novos destinos. Me agrada bastante essas idas ao interior do Amazonas, porque é ali que o povo tem vivido com a floresta e rios. É o centro da Amazônia mesmo. Nesse sentido, sinto-me privilegiado de poder estar no meio da mata e sentir a força da natureza.

















Viagem de volta a Fonte Boa de voadeira e com direito a chuva, sol, chuva, sol, vento... Na cidade,
mais reuniões deveriam ser feitas. E a derradeira hospedagem no Hotel Eliana. À noite, voltinha no festejo da cidade, para Nossa Senhora de Guadalupe.








E por fim, na manhã do dia seguinte, rumo ao recreio (barco) que iria a Manaus. Pegamos o José Lemos III. Um pouco pequeno e meio sujo. Sem tomadas. Saiu quarta-feira, às 13h. Chegamos na sexta-feira, vem cedinho em Manaus.




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

São Paulo

E lá fui eu para uma rapidíssima visita a São Paulo. Sai de Manaus na manhã do dia 28 de outubro. Cheguei na casa de meu irmão no início de noite. Ele me esperava. Pensei que iríamos comer num restaurante japonês, mas ele tinha comprado umas comidinhas para jantar. Acontece que eu adoro restaurante japa e faço questão de, quando vou para SP, comer um belo rodízio. Já tinha deixado tudo acertado com minha grande amiga Heloísa. Apesar do frio, fomos num ali pertinho. Delicioso!




Dia seguinte, o motivo que me levou até lá. Dar uma conferência na USP, em memória aos 25 anos da morte de Chico Mendes. Foi bom. Especialmente por dividir a mesa com a filha dele e conhecer lideranças do Vale do Ribeira.





No final do evento, peguei ônibus, metrô e parei na Paulista. Em Outubro rola a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É claro, cinéfilo como sou, tive que aproveitar. Entrei no conjunto nacional e entre no primeiro filme disponível, sem nem mesmo saber do que se tratava. Era um filme da Indonésia. Um taxista que se masturba o tempo todo: quando acorda, quando come, quando espera clientes no taxi... Se apaixona por uma prostituta, que por sinal é sua vizinha de porta de frente. No final, ele tenta ficar com ela, mata o cafetão, mas os capangas o matam. Quando a puta vai atrás dele, com pinta de que ia aceitar a proposta dele de fugir e viver de amor, ele está esfaqueado e resolve não atender a porta. Ao invés, liga mais uma vez o filme pornô e assim termina o filme. Realmente, um filme para passar numa Mostra mesmo. Na sequência,  fui me encontrar com meus bons amigos paulistanos, Eiko e Tiago, acompanhados de seus amigos de CRP. Um deles, o Guilherme, foi meu contemporâneo de graduação. Legal conversar com a galera uspiana de vez em quando e relembrar uns causos.



E assim termina mais uma estadia rapidíssima em SP. Voltei para casa só para dormir. Acordei super cedo. Meu irmão chama um taxi por um aplicativo do celular, que localiza o taxi mais próximo e dá para monitorar por gps. Coisas da tecnologia. No aeroporto de congonhas, ônibus até cumbica. De lá, voo até Manaus. Finalmente, em terras amazônicas novamente.

Cansei de ir tão rápido para SP. Não vale a pena. Gasto mais tempo no translado de minha casa até a casa de destino do que o tempo lá. Pensarei melhor antes de fazer isso de novo.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Florianópolis - XVII Encontro Nacional da ABRAPSO

E mais uma viagem acadêmica. Desta vez rumo a Florianópolis, para o XVII Encontro Nacional da ABRAPSO (assoc. bras. de psicologia social). Fui apresentar trabalho, realizar assembleia com meus colegas do norte e nordeste, rever amigos, participar de atividades, lançar um livro... e claro, passear nas horas vagas.

Cheguei no dia 01 à noite. No dia 02, durante o dia, passeio com os amigos no centro. À noite, abertura do congresso. Dia 03 e 04, inteiros no congresso. Claro, com direito a jantar fora e happy hour com os amigos. Dia 05, mais atividades e no fim do dia passeio. Alugamos uma van e fomos até o sul da ilha, onde comemos bem e passamos momentos agradáveis à beira-mar. Dia seguinte, domingo, dia de passear pela ilha. Fomos para a praia mole de ônibus. Quando era umas 17h, resolvemos voltar. Van iria nos buscar no centro para levar-nos ao aeroporto às 18h20. Parecia tudo bem. Mas um trânsito descomunal estraga os planos. Por sorte eu e Elisa pegamos uma carona salvadora. Os dois rapazes de São Paulo decidem fazer outro caminho, mais longo mas sem trânsito. E nos deixam exatamente na hora em casa! Foi mágico!

Fiquei na casa da família da Renata, onde vó Odéssia, d. Marli e tia Célia nos receberam super bem. Juntos estavam também a trupe de SP: Eiko, Elisa, Simone, Graça, Bruno, Sérgio, Arlindo e Eduardo. Foi bem legal estar com eles. Parte deles, bons amigos do tempo de movimento estudantil. Os dias de convivência foram tão intensos que quando voltei, senti um imenso vazio. Às vezes me pergunto se estou fazendo a coisa certa de estar aqui no norte, longe de pessoas com quem tenho uma sintonia bem legal. Mas logo vejo que sim, tenho algumas coisas importantes a aprender por aqui. Já me acostumei com a floresta amazônica.