Marcelo. As viagens.: Parque Tayrona

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Parque Tayrona - Taganga

Acordo esponteanemente bem cedo. Pratico yoga, compro café da manha, pego umas frutas que havia comprado no dia anterior, encho as garrafinhas de água e pego a buseta para Santa Marta (1200 cop). Ela para no centro, de onde sai a outra buseta para o parque tayrona (5000 cop). Ali já vejo os primeiros índios Arhuacos, que tem todos os cabelos compridos, se vestem de branco, sao baixinhos e feiosos. Após quase 1 horas de viagem, pelas apenas 25km, chega-se na entrada do parque. Extrangeiro tem que pagar 36500 cop, enquanto colombianos pagam apenas 16000 cop. Achei um pouco absurdo. Dali, mais uma buseta (2000 cop) pela estrada que conduz até o ponto inicial do parque.

Ali comeca a caminhada. Os primeiros 40 minutos sao para chegar na primeira praia. Entao, se caminha para a outra praia de Arrecifes (ou se evita essa primeira praia indo apenas pela trilha na floresta). O interessante desse parque é que há diversas paisagens em um super pequeno espaco territorial. Uma hora é a floresta densa. Caminha-se uns metros, chega-se numa floresta mais aberta. Mais adiante o manguezal. Em seguida, vegetacao costeira. Adiante, um semi-árido. Bem lindas as paisagens. Em Arrecifes o mar é tao forte que nao se pode entrar. Caminho entao até La Piscina, uma bahia com uma barreira natural onde os antigos Arhuacos e os Tayrona faziam seus rituais para o equilíbrio do planeta. Fiquei ali por um tempo, relaxando e almocando a comida que carreguei. Em seguida, vou até a outra praia Cabo de San Juan, uma das mais badaladas. É pequena, com mar bravo mas que se pode entrar também. Em Arrecifes e nesta se pode acampar com barracas e redes alugadas e redes. Custa uns 25000 por noite. Disseram que em Arrecifes há um camping mais barato, que cobra apenas 10000 cop por simplesmente nao ficar na frente da praia (creio que se chama Don Pedro). Fiquei um pouco ali, relaxando. Quando deu umas 15h10, caminhei por 1h40 de volta até a entrada em um compasso firme. Na saída do parque, novamente a buseta para ir até a estrada. Ali, teria que esperar o transporte público. Entao Greek e sua mulher, ambos americanos, me oferecem carona no taxi que eles já haviam pagado até Santa Marta. Conheci eles na viagem de ida ao parque e ia sempre encontrando ao longo das praias. Chegando na cidade, agradeci. Dei uma volta. Bem simpática. É uma cidade média. O centro é bem bonito. Muitas luzes natalidas. Comércio. Lojas. Turistas. Fui até a Carrera 5 e peguei a buseta de volta a Taganga. Afinal, era noite de ano novo e eu queria descansar um pouco.

Chego e no hostel me mudam de quarto. Vou para um com 2 alemas (Sabrina e Catarina), um canadense (Trevis), um casal que o cara é colombiano (Hector) e ela escocesa (Fara). Fui jantar com as duas alemas e paramos num lugar com comida caseira. Para um alemao velho idealista, que prega o vegetarianismo. O cara meio doidao, mas eu dei razao aos seus argumentos a respeito do consumismo, televisao, mercantilizacao da mulher, mudancas climáticas, consumo de carne. Ele vive há 30 anos na Bolívia, onde tem programas de agricultura ao estilo dos sistemas agroflorestais. Ele foi um pouco inconveniente, mas tudo bem.

Nos juntamos com mais um grupo de alemaes de outro quarto para a noite de ano novo. Esperamos a virada na praia e em seguida fomos para a rumba. Foi um bom ano novo, em boas companhias. O engracado é a diferenca cultural entre os povos. Aqui em Taganga é um ima de mochileiros de todo o mundo. O vilarejo é simples e tem esse diferencial de Santa Marta.

Hoje, 01 de Janeiro, fiquei aqui na cidade apenas relaxando, junto com os companheiros de quarto. Hoje mesmo cada um segue seu rumo. Amanha eu sigo para Cartagena, onde ainda nao tenho hostel e terei que me virar. Seja o que Deus quiser. Desejo um feliz ano novo a todos meus familiares, amigos e leitores deste blog. Um ano pleno de luz, paz e amor, sucesso e tudo o que seja bom.