terça-feira, 24 de maio de 2011

Atalaia do Norte 2

Acabou que Atalaia do Norte foi nosso ponto de referência nesta parte da viagem. A cidade é bem pequena. Precaria em tudo. Falta frutas, verduras, água potável. Médicos e outros profissionais de saúde. O que há são 05 etnias que convivem no município: marubo, mayuruna, kanamarí, matsé e matis. E há também os kulina e korubos, que são índios isolados. E dizem que há mais outros grupos isolados, que não se sabe o nome da etnia.

Desses índios se pode ver uma boa diferença. Há os que são brancos, de olhos castanhos bem claros e cabelos quase loiros. Os brancos de cabelos já mais escuros. E os que são mais morenos. Isso me chamou muito a atenção. Há os que parecem mendigos pobres e sujos. E aqueles que são mais organizados e sabem valorizar suas produções artesanais. Eu aproveitei para adquirir lembranças das etnias que pude.

Já a cidade vive em clima de festa na sexta, sábado e domingo. Há 02 restaurantes em que se pode comer uns pratos gostosos. Eu comi bastante ceviche, a comida típica dos peruanos. Aliás, o Peru é do outro lado do rio e não há controle nenhum de ida e vinda de pessoas. Então já viram que por aqui, controle de alguma coisa é inexistente mesmo. Nas noites do final de semana rola uma "festa", que os paulistanos chamariam de "balada". O som fica se repetindo o tempo todo. Vai do reggaeton, ao eletrônico, ao forró bagaceira. E repete. Repete. Repete. As mesmas músicas. O pessoal do barco foi uns dias. Alguns guerreiros foram vários dias. Eu fui mais para ver e me divertir com a turma. Os outros dias preferi descansar. Aos Domingos teve o banho do tampinha. É um igarapé que dá pra tomar banho e tem música ao vivo. Foi bem divertido os dois domingos que ficamos por lá. Integração da galera do barco. Outro dia eu comentei das atalaienses. Depois de ficarmos uns dias aqui, vi que a euforia feminina local foi mais devido ao fenômeno da "carne nova". Uns rapazes do barco arranjaram suas namoradas locais. E depois, já éramos conhecidos da cidade toda. Gente conhecida já não tem mais graça.

E assim se passaram os dias em que ficamos em Atalaia. Vida tranquila de interior da Amazônia.


Nenhum comentário: