sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sedona

"God created the Grand Canyon, but lives in Sedona" (Deus criou o Grand Canyon, mas mora Sedona). Essa foi a frase que mais era dita a respeito de Sedona. Eu já havia pesquisado na internet e visto fotos incríveis do lugar. Mais do que isso, havia relatos de que ali há 5 vórtices de energia do planeta terra. Fiquei me perguntando se não era papo de hippie drogado inventando coisas. Tal como o túnel em São Tomé das Letras, onde tem uma galera tomando LSD, sopa de cogumelo e fumando pamonha, dizendo que esse tal túnel conduz diretamente a Machu Picchu.

Logo de manhã, antes de ir para o Grand Canyon, eu deixei um recado no hostel, chamando mais gente para ir para Sedona. Durante o passeio, convenci o argentino, Facundo, a alugar um carro no dia seguinte para ir para Sedona. Quando voltamos ao hostel, havia mais o recado de Pablo, um espanhol. Então combinamos de ir nós três.

Na manhã de Sexta-feira, dia de ir para Sedona. Liguei para uma empresa de aluguel de carros para saber se eles aceitariam a carteira de motorista brasileira. Claro que sim, afinal de contas as empresas norte-americanas fazem de tudo para gerar lucros. Dai acessei o site e aluguei um carro por U$ 35,00. Mais o dobro do valor para seguro. Eles foram nos buscar no hostel. Nos levaram até a sede da empresa. Pegamos o carro. Paramos num supermercado e compramos nosso lanche de almoço. E fomos pra estrada. Seria 1 hora de viagem. Rodovias bem boas. Muito perto de Flagstaff, mas um trecho descendo as montanhas em curvas bem fechadas. Era uma rodovia cenográfica. Super linda. Eu dirigindo, prestando atenção na estrada e na paisagem.

Finalmente, chegamos em Sedona. Uma paisagem simplesmente linda. Fomos parando nos pontos estratégicos. Primeiro na igreja. Depois, paramos na Bell Rock. Ali é onde diziam que havia um dos vórtices. No site do couchsurfing eu também tentei hospedagem em Sedona, mas sem sucesso. Havia um anfitrião que dizia hospedar em troca de levar os hóspedes nessa Bell Rock. Se ele levasse 1000 pessoas, seria transportado por um portal a uma outra dimensão. E ele já tinha levado umas 500 pessoas. Quando pedi hospedagem, ele disse que não estava em Sedona por uma temporada. Enfim, eu quis ir lá nessa Bell Rock e ver se sentia alguma coisas do tal do vórtice. Paramos o carro e o Pablo não quis ir até lá, preferindo cuidar do carro e não pagar o estacionamento. Fomos eu e Facundo. Caminhadinha com direito a parar para comer figo da índia (aqueles frutos dos cáctus), mas com espinhos que ficaram na minha mão e boca por uns dois dias até eu conseguir tirá-los. Tentamos subir na Bell Rock, mas levaria um tempinho considerável. Mesmo assim, subimos um pouco e a experiência valeu a pena. Em relação ao vórtice, não sei dizer se senti alguma coisa. Sei dizer que curti o lugar e achei incrível.

Em seguida seguimos pela estrada de Sedota até Oak Creek, a vilinha seguinte. No final da cidadezinha, dobra à direita na última rua antes de chegar na estrada. Segue e uma hora vira estrada de terra, mas segue até o fim. Lá estaciona o carro e entra nas montanhas grátis. Onde para é onde há umas fotos de um riacho lindo com as paisagens das montanhas ao fundo, que aparecem nos catálogos de fotos. Seguimos as trilhas, que não tem indicação, e subimos as montanhas. Apreciamos cada momento da paisagem. Ali do alto tudo era muito lindo.

No fim do dia paramos no centrinho de Sedona. O Facundo resolveu pagar U$80,00 por uns 20 minutos de leitura de mão. Enquanto isso, fiquei olhando as várias pedras nas lojas de artigos esotéricos da cidade. Na volta, muita atenção na estrada cheia de curvas. No caminho quase atropelo uma família de animais cruzando a estrada. Aquele bicho que nem sei o nome: preto e branco, com os olhos que parece que tomou um soco e o rabo com listras preto e branco. Freiei forte e consegui não atropelá-los. Dai, quando chegamos de volta em Flagstaff, eu e Facundo paramos num restaurante argentino. Pablo, que não queria gastar a toa, foi comer no hostel mesmo.

Frio considerável em Flagstaff. Dia seguinte, à tarde, meu bus para Las Vegas.



 
 














































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