terça-feira, 23 de setembro de 2014

Phoenix

Quando eu estava planejando a ida aos EUA, decidi também fazer a viagem dentro da viagem. Apesar deu ter apenas 2 semanas no total, decidi que 1 semana seria para conhecer outros lugares que não apenas lojas e mais lojas. Então optei por ir ao Grand Canyon e cidades adjacentes.

Na terça de manhã, peguei o mochilão que comprei pra minha namorada e fui até Times Square e peguei um bus especial direto para o aeroporto de Newark. Com boa antecedência eu comprei o voo NYC-Phoenix, pela American Airlines. Várias horas de viagem (5 horas!), praticamente atravessando os EUA inteiro. Mas com direito a wifi durante o voo, e a filminho no monitor.
Esperando o bus para ir ao aeroporto

Newark airport

Starwars souvenirs
Ao chegar, um aeroporto bem grande. Do alto se via o deserto. Logo me dei conta do calor que estaria ali fora. Ao sair do aeroporto, de fato, um calor forte. Sol bem forte. Claridade intensa. Estava me esperando a anfitriã do couchsurfing, Diane. Como ela estava doente, pediu pro amigo dela me pegar no aeroporto.

Ele me buscou e lá fomos nós até a casa de Diane, que era extremamente distante de Phoenix. Fiquei já achando que eu tinha me metido numa roubada, de me hospedar longe do centro. Foram quase 40 minutos de carro, pela rodovia. A cidade é enorme. Chegando na casa dela, ambiente acolhedor. Cheio de animais estranhos criados dentro de casa. Eu estava tão cansado que dormi a tarde toda. No fim do dia, fui até um bar jogar bilhar com o amigo dela. Como eu não bebia e nem queria ir para um bordel com ele, jogamos apenas 3 partidas e ele logo se despediu. Nas tantas, ele me contou que estava indo passar uma temporada em outra cidade e, por conta desse estresse, acabou brigando com Diane. Nesse bar, aqueles motoqueiros típicos de filmes americanos: os caras cheios de tatuagens, mal encarados e com suas harley davidson possantes. Comi comida comprada de uma mexicana. Fui dormir cedo.

Dia seguinte, Diane me levou até o centro de carro. Tomamos um suco natural e logo me despedi. Caminhei um pouco pelas ruas, onde bem pouca gente se encontra ali andando. Fiquei pensando: "onde está o povo desta cidade enorme?". Claro, todos andando de carro. A arquitetura imitava a paisagem desértica do Arizona. Fui direto ao museu da cidade: o Heard Museum. Trata-se de um museu que conta a história dos povos indígenas da região do Arizona. O museu é muito bom. Fiquei bastante triste de ver como o governo norte-americano tratou os indígenas. Eles tentaram dizimá-los de todas as maneiras. Quando não mais conseguiram pelas armas, raptaram as crianças e as levaram para escolas bem distantes dos pais, para dar-lhes uma nova cultura. A cultura do branco no lugar da cultura indígena. Muitas imagens fortes dos cabelos sendo cortados. Costumes sendo perdidos. Foi horrível. Emocionei-me com o museu. O legal foi ouvir a história de uma visitante, cujo avô foi um desses índios raptados pelo governo. Ela contando em detalhes como foi. Episódios vergonhosos da humanidade. Outra coisa legal foi acompanhar um grupo, cujo guia foi contando as histórias de alguns dos povos indígenas. O que mais me chamou atenção foi o povo Hopi, que acreditavam que estavam na terra para trazer a paz ao mundo. Bem legal a cosmologia desse povo.

Sai no calor escaldante das 13h30. Faminto, caminhei até encontrar um restaurante fastfood. Deparei-me com um restaurante japonês. Após comer, peguei o metrô de superfície (BRT). Parei no ponto de ônibus. Em tese, eu deveria pegar 2 ônibus até a rodoviária. Peguei o primeiro. Ao perguntar a um passageiro onde descer, ele me informou que ele estava indo pro mesmo destino. Descemos e pronto. Não era preciso 2 ônibus. Graças a Deus esse cara apareceu, se não eu teria pego o 2º bus e sabe-se lá onde eu iria parar!

Rodoviária minúscula. A maior empresa é a greyhound, com quase todas as linhas de bus dos EUA. Só pobre pega ônibus. E lá estava eu, no meio dos negros, mexicanos e brancos mal-encarados. A elite norte-americana ou tem carro ou pega avião. O bom foi que no bus havia internet grátis.








Couchsurfing





anfitriã: Diane



























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