quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pernambuco: Abreu e Lima, Ilha de Itamaracá, Recife, Agrestina

E para meu aniversário, o universo conspirou para que eu fosse para Pernambuco comemorar meus 33 anos de vida. Na verdade, foi o meu querer quem fez com que as coisas acontecessem. As condições se apresentaram propícias. E dessa interação a viagem fluiu.

Peguei um voo da TAM nas primeiras horas do dia 26 de outubro. Escala em Belém e conexão em Fortaleza. Ali eu tinha que ficar várias horas. Ao meu lado se senta um estrangeiro. Puxo papo com ele e descubro que é um italiano! Sandro é o homem que desenvolve máquinas. Tudo para alavancar as produções industriais. Foram bons papos os que tivemos. Ele se impressionou com a quantidade de gente gorducha em Manaus. Eu dei minha interpretação: nessa terra, as diferenças sociais são muito fortes. Há uma pequena elite endinheirada, que esbanja posses e não sabe nem onde gastar. Muitas viagens a Miami ou alguma capital europeia. E há uma grande maioria pobre, vinda do interior (cuja raiz é indígena misturada com migrantes, principalmente nordestinos). Esses, para esbanjar alguma coisa, colocam o alimento e a mesa farta como itens para terem do que se orgulhar. Ser gorducho é mostrar fartura. Nesta terra onde o povo nega as raízes, ter posses materiais (dinheiro ou barriga) é sinal de igualdade entre os diferentes. Foram bons papos com o italiano. Ele contando da política, da vida na Itália, do multiculturalismo, da globalização, das máquinas, da família, das diferenças culturais. Fiquei bem contente de treinar o idioma e de poder conversar com alguém que tem um ponto de vista pleno da diversidade.

Em Fortaleza, algumas horas no aeroporto. Aproveitei para praticar kriya yoga na sala ecuménica do aeroporto. Em seguida, tirei meu almoço e sentei-me numa mesinha. Sandro aparece novamente, conversamos mais um pouquinho e ele me paga um chá. Finalmente a despedida final. Esses encontros de viajantes são muito legais. Vidas que em algum momento se cruzam. E cada um sai com as marcas dessa vivência.

Finalmente chego em Recife. Marjory já me esperava no aeroporto. Eu estava quebrado de sono. Nas noites anteriores, muito trabalho. Dormindo pouco e fazendo muita coisa. Na noite da viagem, só dormi num trecho do voo, de uma hora. Assim que cheguei na casa dela, cai por umas boas horas. Na sequência, trânsito para sair da cidade e ir até Abreu e Lima, num sítio. Lá passei o dia seguinte, tomando banho de rio e fazendo trilhas.






No fim do dia, voltamos a Recife. Do sítio até a estrada eram quase 3 horas de caminhada. Após alguns minutos, passa um carro. Estico meu dedo. Carona fácil! Chegamos em tempo de se arrumar e ir para Olinda. Afinal, no dia do aniversário é bom comemorar. Em casa, cantamos parabéns com um bolinho sem glúten que a mãe dela gentilmente preparou para mim. Depois, seguimos a um restaurante chique nos morros de Olinda. E assim foi esse dia 27 de outubro, em que comemorei 33 anos.



No dia seguinte fomos rumo à ilha de Itamaracá. Na praia do sossego. Linda de mais. A água estava baixa logo de manhã. Um verde turquesa impressionante. O litoral pernambucano é lindo de mais. Passamos o dia ali. Foi agradável. No fim da tarde, fomos até o forte orange. Comemos. Voltamos já cansados do dia de sol e mar. Eita vida dura!





Veio segunda e terça-feira. Eu fiquei trabalhando em casa. Afinal, essas são as vantagens de ter afazeres no computador. Na segunda à noite fui a um espaço alternativo de cinema. Estava com muita saudade de ver um excelente filme cultural. Assisti "Violeta se fue a los cielos", que conta a história de Violeta Parra, uma artista chilena que compôs músicas que são representativas dos sulamericanos. Gostei muito do filme e das músicas. Eu não sabia que ela era a autora de várias músicas tocadas por Mercedes Sosa.

Mas na terça, fui atrás da famosa goma xantana, um ingrediente essencial a quem faz pratos sem glúten. Foi uma verdadeira saga encontrar. Eu já avia perguntando para o grupo Viva Sem Glúten onde achar. Me disseram algumas poucas lojas. Fui atrás de todas as indicações e somente na última loja é que encontrei. Voltei para casa e logo fiz um pão sem glúten. Ficou simplesmente maravilhoso com esse ingrediente. Fiquei bem feliz de tê-lo comprado.

Finalmente, quarta-feira fui para Agrestina com Marjory, acompanhar o trabalho dela. Acordamos super cedo. Pegamos a van por quase 2 horas até o destino. No fim da manhã, o grupo dela concluiu. Certinho para pegarmos o ônibus para Maceió às 12h50. Antes, almoçamos em um boteco qualquer e fomos dar uma volta na escaldante cidade. Temperatura alta, mas em Manaus a mesma sensação térmica não ia estar com o termômetro explodindo como ali. Enfim, Pernambuco até logo mais!





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